5.29.2007

Moçâmedes, Namibe: Rua dos Pescadores ( rua do Hotel Turismo, Hotel Central, Banco Angola, Hotel Moçâmedes.... e transversais 4 Agosto e Costa )






 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na 
 
 
 
 
 
Tem canção lânguida e futil das palavras e do mar,
e a renda do luar,

Tem fogueiras e ritos e gritos 
nos batuques inquietos, 
e feitiços e amuletos e lendas 
e canções e pregões castiços.

E tem o céu mais azul 
e o Cruzeiro do Sul a namorar a Lua... 
Tem a beleza trágica e nua dos desertos...

E tem a sombra do imbondeiro sobre o capim rasteiro. 
onde irei repousar... dormir... talvez sonhar...



Helder Duarte de Almeida Moçamedense









































POEMA

MOÇÂMEDES


Aos naturais de Moçâmedes

E aos moçamedenses de coração
Quero dedicar estes versos
Tributo da minha admiração.

“Labor Omnia Vincit”

Dizia a divisa no teu brazão
Muitas décadas se passaram
Mas ainda a recordo com emoção

A “Welwitshia Mirabilis”
Que bem recordo por certo,
Era planta ùnica no Mundo
Existindo apenas no teu deserto.

Na costa do Atlântico nasceste
E do Namibe eras princesa
Nem os ventos do deserto
Destruiram a tua beleza.

Oceano de àguas profundas
Cuja fauna estimulava os pescadores;
As àguas tentadoras da Praia Amélia
Seduziam os mergulhadores.

No fundo do mar entre as rochas
As àguas eram transparentes.
Até as plantas se curvavam
Para saudar os adolescentes.

A antiga Escola Comercial
Pequena mas cheia de tradições.
Ajudou centenas de jovens
Nos seus sonhos e aspirações.

Viam-se aos domingos na baía
Barcos de velas ao vento
Onde jovens à “bolina”
Mostravam o seu talento.

Os bairros novos iam crescendo
Desafiando o àrido deserto.
Imensurável esforço moçamedense
Orgulhoso mas de coração aberto.

Para os lados da Torre do Tombo
Construiu-se o cais acostável.
A habitual visita aos “Paquetes”
Era agora mais agradável.

Do outro lado da baia
Outro grande empreendimento
O porto mineiro do Giraul
Uma boa fonte de rendimento.

Os comboios vindos de Cassinga
Ali deixavam a carga preciosa;
A automatização daquele porto
Era uma obra muito valiosa.

A agricultura ia progredindo
Olivais e vinhedos cresciam.
Um mercado muito competitivo
Que os da Metrópole temiam.

Num remoto dia tive que partir
Sem ter voto nessa decisão;
Contudo sempre te mantive
Num canto do meu coração.

publicado por Tony de Aguiar
 
 
 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 









































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