5.29.2007

Moçâmedes, Namibe: a Igreja de Santo Adrião na Avenida Felner




 A Moçâmedes

Moçâmedes onde nasci
E lá fiz o meu baptismo
Moçâmedes onde estudei
E aprendi o catecismo.

Ó minha terra natal
Onde aprendi oração
Na paróquia onde em criança
Fiz a minha comunhão.

Moçâmedes que me recordas
O dia do casamento,
Lá nasceram os meus filhos,
Não me sais do pensamento.

Moçâmedes tu serás sempre
Recordada com carinho
Desde o mar so teu deserto
Percorri o teu caminho.

No deserto do Namibe,
Ó minha querida terra
Viemos nós para tão longe
Porque Angola estava em guerra.

A tua praia tão linda
Onde apetecia estar,
Em Março que bom que era
termos as Festas do Mar.

Não falando nos mariscos,
Que me estão a apetecer,
Pois desde que aqui cheguei
Não mais voltei a comer.

Ó terra da azeitona
Onde não havia igual
Também é terra das misses
Que vinham para Portugal.

Acho que por hoje já chega
Falar desse meu torrão
Por muitos anos que viva
Não me sais do coração.

Clementina de Castro Abreu
 (natural de Moçâmedes, neta de colonos madeirenses que emigraram  para Moçâmedes  naqueles tempos após a Conferência de Berlim, em 1884-1885)

Nota: A primeira pedra deste templo foi lançada 8 dias antes da chegada da 1ª colónia de Pernambuco (Brasil) , em 1849 A exigência de um templo foi solicitada por Bernardino Freire de Figueiredo Abreu e Castro (chefe da expedição), ainda no Brasil, como condição para a partida.

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