Quando eu voltar…
Quando eu voltar…Se um dia voltar…
posso abrir as gavetas
escancarar as portas
… deixar o vento passar
e…
no bater das janelas
abertas de par em par
festejar nas coisas belas
a alegria do regressar.Se um dia voltar…de:
aileda/adeliavaz
posso abrir as gavetas
escancarar as portas
… deixar o vento passar
e…
no bater das janelas
abertas de par em par
festejar nas coisas belas
a alegria do regressar.Se um dia voltar…de:
aileda/adeliavaz
Welwitschia
Mora a Welwitschia no ermo solitário
A flor de Angola, dum areal do Sul,
Braços coleantes sob o céu azul,
A flor da sede, em prece num calvário...
A estranha raridade vegetal
Será, talvez, num velho mar extinto,
Um polvo exótico, ou a aflor do mal,
vencendo a morte no rigôr do instinto...
Seja o que fôr, estrela, monstro ou flor
Eu sinto-lhe nos braços revoltados
A trágica expressão da imensa dor,
Talvez, de belos sonhos destroçados...
Eu penso que a welwitschia exilada
No seu mundo de sede e solidão
É irmã de tanta alma torturada,
Que anda sózinha em meio à multidão...
Furtado d'Antas
Composição lírica publicada no semanário Mossãmedes, 1 de Janeiro de 1938.
A flor de Angola, dum areal do Sul,
Braços coleantes sob o céu azul,
A flor da sede, em prece num calvário...
A estranha raridade vegetal
Será, talvez, num velho mar extinto,
Um polvo exótico, ou a aflor do mal,
vencendo a morte no rigôr do instinto...
Seja o que fôr, estrela, monstro ou flor
Eu sinto-lhe nos braços revoltados
A trágica expressão da imensa dor,
Talvez, de belos sonhos destroçados...
Eu penso que a welwitschia exilada
No seu mundo de sede e solidão
É irmã de tanta alma torturada,
Que anda sózinha em meio à multidão...
Furtado d'Antas
Composição lírica publicada no semanário Mossãmedes, 1 de Janeiro de 1938.
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